segunda-feira, 5 de março de 2012

A Maldição de Um Poeta



Pena na mão, uma dose de absinto
Folhas amassadas espalhadas pelo aposento
Relâmpagos a iluminar aquele semblante torturado
Quando? Oh quando? Conseguiria fazer com que aquela pena voltasse a colocar sua dor para fora a traduzindo em palavras?
E a cada novo gole ele tentava afogar a tristeza daquela vida tão vazia, desde que sua alma se calara
"Donde foste minha alma repousar tuas belas asas? Donde?"
Ele grita para as paredes enquanto atira longe o tinteiro, derruba a mesa e sai qual louco pela porta
"Oh chuva lavai de mim toda impureza que levou minha alma para longe.
Voltai com suas asas negras a bater em meu peito!
Voltai doce sussurrar que faz com que esta medíocre vida ganhe sentido!
Voltai ou silenciarei este coração traidor que aqui bate mesmo sem tu a regê-lo
Pois é preferível a morte a ser condenado a vagar por esta vida cego e surdo a toda beleza que me proporcionastes!
Voltai pois sem ti sou apenas mais um infeliz condenado a vagar na ignorância que jazem todos os demais.
Voltai!

Renata Castro
04/03/2012

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