quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Minha bagunça

"Eu não gostava de pessoas bagunçadas na minha vida e uma vez isso foi verdade, até eu acordar um dia e perceber que eu era uma dessas pessoas com a vida bagunçada" 
Laurell K. Hamilton - Anita Blake Series 12 - Incubbus Dreams - p. 477 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Amizade

"Às vezes o amor não era sobre a vitória, mas sobre sábio sacrifício e a confiabilidade de amigos como Ariane. Amizade, Roland percebeu, era o seu próprio tipo de amor." 
Apaixonados - Histórias de Amor de Fallen
Lauren Kate. Pg. 98 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Tempo para Amar

"Eu sabia que os homens não perdem a cabeça por uma mulher, mas sim porque finalmente estão preparados para fazê-lo. Seja quem é a mulher com a que estejam saindo, quando estão preparados para perder a cabeça, ela é a escolhida. Não necessariamente tem que ser a melhor nem a mais bonita, basta com que esteja aí no momento adequado. Pouco romântico, mas certo."

A Kiss of Shadows - Merry Gentry Series, Book 1, Laurell K. Hamilton , p. 29

quinta-feira, 21 de março de 2013

Brianna



 Era um lugar diferente aquele para o qual ela sempre voltava, tão único, cada singularidade a encantava, porque aquele era o seu mundo, aquele pelo qual ela lutou, aquele em que ela se sentiria sempre segura, aquele que nunca poderia lhe ser retirado: Seu lar.
     Do alto do vale ela podia ver as flores, sempre tão belas, ela não cansava de admira-las. Era sempre primavera no País de Brianna, os passáros a fazer seus ninhos no topo das árvores enquanto os gatos selvagens passeavam por ali com seus filhotes a procurar por alimento.
    Brianna deitou-se embaixo da frondosa árvore do topo do vale, aquela árvore sempre fora sua favorita, de lá ela podia sempre ver toda a floresta, e enquanto olhava para o alto via os macacos com seus rabos peludos a pular de galho em galho assustando os pássaros que crocitavam ferozmente por  terem seu espaço invadindo, os macaquinhos simplesmente pulavam para o outro galho.
    Como ela amava aquele lugar onde o tempo não existia, onde podia ter com os espíritos das árvores que lá já habitavam muito antes de ele sequer conceber a ideia de que tal lugar fosse possível. Desceu então da colina e resolveu colher frutos pela floresta em direção ao lago. O cheiro das flores multi-coloridas a inebria-la. Depois de já ter colhido frutos suficientes comeu alguns e deu mais alguns passos até chegar a um de seus lugares favoritos daquele caminho. Sem dúvida que era o mais divertido, o longo escorregador formado pelas folhas largas que a conduzia até o lago.
    Ela pulou com um imenso sorriso no rosto, fazendo loops em meio a floresta enquanto via os bichos a se mexer lá no alto, segurava com força a barra do vestido para que as frutas restantes não se perdessem. Aterrisou com um baque em um monte de folhas ao pé do lago onde as ninfas brincavam. Foi ter com estas e ofertou as frutas que trazia consigo. Logo após mergulhou no lago de águas cristalinas, o sol que batia na água de seus cabelos faziam com que seus cachos vermelhos se incendiassem à vista. A qualquer ser que chegasse teria confundido Brianna com uma das ninfas tal era seu esplendor a banhar-se nas águas.
Ela ficou brincando estas até o sol sumir no horizonte, então ela foi retirada daquela linda floresta e acordou arfante em sua cama com um sorriso nos lábios e a certeza de que voltaria ao país de Brianna novamente e que seria imensamente feliz a cada instante que lá estivesse.


Renata Castro
05/03/2012

quinta-feira, 14 de março de 2013

Lisbell


Olhos vítreos, cabelo embaraçado e molhado pelo orvalho, uma incerteza no peito, uma sensação de perda e vazio que não conseguia explicar. Estava ali naquela clareira desde  antes do amanhecer, acordara inquieta de um sonho do qual não conseguia lembrar e decidiu se refugiar ali em busca de paz.
Um calafrio percorreu seu corpo e as lágrimas afloraram em seus olhos, ela não conseguia entender o que se passava ali naquele pedaço obscuro do seu coração que se recusava a abrir e deixá-la ver o que havia dentro.
Seus pés doíam, ela olhou em volta e percebeu que se encontrava em algum lugar no meio da floresta, nem ao menos se lembrava de ter começado a andar, continuou caminhando a procura de um lugar para sentar, chegou então a um lago de águas negras, sentou-se ali na beirada e ficou contemplando a névoa que subia, não sabia que lugar era, nem o que a havia levado até ali, mas se sentia em paz finalmente.
Uma chuva fina começou a cair, ela não se importou em puxar o capuz, ficou ali vendo as gotas caindo no lago, pelo reflexo no lago viu uma luz logo atrás de si na floresta, adentrou a mata novamente impelida por algum desejo mais profundo que a consciência ou o coração, era como se aquela luz atravessasse a sua alma. Chegou então a um enorme carvalho que parecia ser o coração da floresta, suas raízes estavam por toda parte, e em seu tronco dentro de uma cavidade um pouco maior que ela aquela luz de antes brilhava fortemente. Adentrou pelo tronco da árvore e tudo se iluminou, e ela ficou ali segura e tranquila, ela encontrou o que nem sabia que procurava, estava de volta ao lar...
Olhos vítreos, cabelos emaranhados e molhados, mãos fechadas e rígidas, lábios que pareciam sussurrar ao vento, e entre os dedos um papel com uma única palavra: LAR. Foi  o que ele encontrou ao passear naquela manhã a procura de seu gato, a linda jovem de cabelos emaranhados sem vida deitada no chão frio.

Renata Castro
15/03/13